COLÓQUIO
OS HERDEIROS DA CIÊNCIA: A CLÍNICA PSICANALÍTICA E AS NOVAS FORMAS DO GOZO
O sujeito do inconsciente, diz Lacan, é o próprio sujeito que emerge com a ciência, aquele que aí foi foracluído. Mais tarde ele dirá que a psicanálise é um sintoma. E que é preciso que ela fracasse para que, como sintoma, ela insista no real. A dupla aporia já situa para nós o teor das questões desde seu momento constitutivo. E permite entender que seus desdobramentos futuros já estavam inscritos no ponto de partida. Nas últimas décadas, o progresso científico e o imperativo de suas conseqüências, na circulação e na dissolução dos discursos, vêm minando as amarras do simbólico e de tudo o que sustenta a estrutura da lei para um sujeito. É que a ciência não é um discurso, não faz laço social. Quer isso dizer que, a seus herdeiros, só restariam, então, as regras, a lei positiva, com tudo o que isso implica de anulação do desejo para um sujeito? Ou será que aquilo a que seremos levados aí puro paradoxo será o retorno do mais arcaico? Essa alternativa também foi prevista por Lacan: a religião triunfará, pois é ela que fará proliferar de novo o sentido.
São questões que constituem impasse e desafio para a contemporaneidade, e que assumem naturalmente os mais variados matizes de acordo com a singularidade do contexto histórico de nossas sociedades. É que a incidência desses efeitos opera, é claro, de modo sempre diferente sobre a eficácia simbólica, produzindo necessariamente, em cada situação, conseqüências específicas para o sujeito em sua posição e em suas relações com a lei. Vicissitudes que a psicanálise não pode negligenciar em suas particularidades, justamente para poder localizar aí, na diferença e para além dela, o que nos é comum a todos, a maneira como tudo isso funciona para o sujeito contemporâneo, herdeiro da ciência, como obstáculo ao reconhecimento e ao exercício do seu desejo.
Neste Colóquio, psicanalistas estão convidados a intervir, dando conta de como essas mudanças estão emergindo em sua experiência concreta, em sua prática. É desse lugar, afinal, e somente daí, que nossa palavra pode se autorizar. Como é também daí, desse lugar, que nos vem a garantia de que uma interlocução é possível, pois qualquer que seja o viés que cada um possa tomar, levado por sua enunciação, estaremos sempre num terreno comum, estaremos falando da mesma coisa, da clínica psicanalítica.
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Tempo Freudiano - Colóquio
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